sexta-feira, 6 de agosto de 2010

lembranças eternas.

nada mudará as lembranças que restaram.
e eu me lembro das noites que víamos televisão juntos.
na época, não tinha tanta importância.
na verdade, eu não sabia a importância que tinha. 
a gente nunca sabe.
eu me lembro do eco das rizadas exageradas e das brigas desnecessárias.
me lembro principalmente de cada beijo, cada abraço, cada olhar, que hoje só fazem parte das lembranças que guardei em mim como uma tatuagem.
enquanto eu respirar, vou lembrar de todos os conselhos, das besteiras ditas e das vezes que eu dizia: ''eu te amo papai''.
pra falar a verdade, faz um bom tempo que não digo isso.
o fato é que os pais nunca deveriam morrer.
eu sei que não sou mais criança, mas eu precisava de você aqui comigo.
e as datas especiais se tornaram cada vez mais dolorosas.
meu coração já não é mais completo, o mês de agosto já não me faz tão bem, e a certeza de que não irei mais abraçá-lo se torna cada vez mais desesperadora.
é uma dor que não cabe mais em mim, uma ferida que não se cicatriza e nem vai cicatrizar.
e ficaram apenas as lembranças, a saudade que só aumenta, e o infinito amor que nunca vai diminuir.
e nesse dia dos pais eu quero me agarrar a cada coisa que me lembre você e ficar feliz por ter tido 
um dia um pai tão maravilhoso e tão cuidadoso igual a você.
e não importa o que o destino tenha nos reservado... você é e sempre vai ser o MEU PAI.
e se engana quem acha que dia dos pais é besteira.
na verdade, dia nenhum ao lado de quem nos ama deve ser considerado besteira.
e eu tive que aprender com a dor para saber disso.

por: yasmin sales

2 comentários:

Anônimo disse...

por que não fechar os olhos e dizer "eu te amo pai"? Você é uma parte dele, mesmo tendo partido, ou como eu gosto de dizer voltado para casa, ele sempre vai estar com você. :)
Na verdade ele vive em você, cada realização sia, cada passo vão ser espelho do amor dele por você.
beijos :)

R. Souza disse...

Esses textos de família ainda mais para pais... cada um carrega sua história, e é bom ter a certeza de que fazem parte de nós.